sábado, 18 de abril de 2015

A bagagem


 Na estação do Brás em São Paulo, um homem de 28 anos,aproximadamente, circulava pelas ruas e sempre retornava à estação. Aproximava-se das pessoas, pedia auxílio. Não era ouvido àquela hora da madrugada.

Notávamos decepção nos s olhar. Desejamos conversar e oferecer ajuda. O homem estava tão mergulhado em suas dores, que resolvemos respeitar aquele momento.
Havia mistérios naquela bagagem. Estava bem vestido. Parecia ser  do bem.

Anos depois, a imagem do homem a andar  de uma rua à outra, veio à tona. Talvez  sirva para inspirar um contador de histórias. Naquela pequena bagagem,talvez houvesse  duas peças de camisas brancas, uma camiseta vermelha, chinelos de couro, 5 calças bem cortadas e livros. As histórias poderiam ser contadas em ritmo lento; um  acalanto para atrair o sono de adultos em viagens pelo mundo.