A bagagem
Na estação do Brás em São Paulo, um homem de 28 anos,aproximadamente, circulava pelas ruas e sempre retornava à estação. Aproximava-se das pessoas, pedia auxílio. Não era ouvido àquela hora da madrugada.
Notávamos decepção nos s olhar. Desejamos conversar e oferecer ajuda. O homem estava tão mergulhado em suas dores, que resolvemos respeitar aquele momento.
Havia mistérios naquela bagagem. Estava bem vestido. Parecia ser do bem.
Anos depois, a imagem do homem a andar de uma rua à outra, veio à tona. Talvez sirva para inspirar um contador de histórias. Naquela pequena bagagem,talvez houvesse duas peças de camisas brancas, uma camiseta vermelha, chinelos de couro, 5 calças bem cortadas e livros. As histórias poderiam ser contadas em ritmo lento; um acalanto para atrair o sono de adultos em viagens pelo mundo.